domingo, 17 de junho de 2012

Decadência da programação da Tv aberta

A grande maioria da população brasileira não tem acesso aos canais fechados, onde dezenas de filmes são rodados diariamente, divididos em diversos gêneros, que agradam todos os públicos. Pois bem, esse povo está refém de uma programação televisiva aberta, onde o que se prioriza são as telenovelas e as minisséries nacionais. Não temos restrições mais pesadas ao nosso cinema que está em evolução gradativa, porém a grade de programação aberta ainda não possui espaço suficiente para as séries e filmes que são reproduzidas nos melhores canais televisivos do mundo. O que predomina na programação nacional são programas do gênero humorístico de 5ª categoria (não querendo criticar o programa homônimo, que aliás era um dos que ainda possuíam um conteúdo humorístico aceitável). Contudo, um país onde as telenovelas são sinônimo de audiência, e os telejornais se propõem a serem transmitidos nos seus intervalos, é um país despreparado para a criação de uma grade aceitável. Não nos referimos ao paladar mais requintado de um número reduzido de telespectadores em especial, mas à toda a população que se encontra em um estágio de ascensão cultural. Quando falamos em decadência da televisão aberta, não falamos em uma decadência atual, pois a mesma sempre foi fraca, mas uma decadência ao longo dos anos. Quem se lembra da época em que filmes muito bons recheados de humor e ação, como "Curtindo a vida adoidado", faziam parte da grade mensal da sessão da tarde? Bom essa série de filmes com um teor um pouco mais refinado, foram sendo gradativamente esquecidos em algum arquivo nos subsolos das grandes emissoras nacionais. Mas ainda há um pingo de esperança, quem sabe um dia teremos uma grade na televisão aberta, onde o cinema nacional de boa qualidade e as séries de prestígio mundial, tenham mais espaço do que as telenovelas costumam ter.

Meu nome não é Johnny (2008)

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